quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Diabetes gestacional: o que é, sintomas, fatores de risco e tratamento

Foto: Thinkstock

Um dos primeiros sentimentos que a mulher vivencia ao descobrir que está grávida é a felicidade. Aliás, a alegria costuma se estender e tomar conta de toda a família! Começam a ser feitos vários planos, como escolher o nome da criança que está por vir, quem serão os padrinhos, como será o quarto dela etc.

Alguns dias depois, é normal que a alegria comece a se misturar com um pouco de preocupação: “será que está tudo bem com o meu bebê?”, “será que ele está se desenvolvendo normalmente dentro da minha barriga?”. São dúvidas comuns e que têm seu lado positivo: alertam a mãe para a necessidade de fazer visitas regulares ao seu ginecologista/obstetra e a seguir em casa todas as recomendações passadas por ele, para garantir uma gravidez de sucesso.

O que é o ultrassom morfológico

Para saciar essa expectativa da futura mamãe e para avaliar se o bebê está se desenvolvendo bem dentro da barriga, há alguns exames importantes que precisam ser feitos. O ultrassom morfológico é um desses.

Sang Choon Cha, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Ultrassonografia, livre-docente pela Faculdade de Medicina da USP e diretor do Embryo Fetus, explica que o ultrassom morfológico é um exame de ultrassonografia do feto, que tem como principal objetivo avaliar a morfologia fetal. “Levando em consideração que cerca de 3% de recém-nascidos apresentam anomalias estruturais e que podem afetar a mulher grávida, o ultrassom morfológico é indicado para todas as gestantes”, diz.

De acordo com o profissional, o exame permite diagnosticar cerca de 90% das anomalias fetais. “Doenças cromossômicas, tais como síndrome de Down, podem ser suspeitadas. Uma vez diagnosticas as anomalias fetais, muitas vezes é possível o tratamento na vida intrauterina ou logo após o nascimento do bebê”, destaca Sang Cha.

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Quando deve ser realizado?

O ideal é a realização de dois exames morfológicos durante a gravidez. “No primeiro trimestre: entre 12 e 14 semanas de gestação, quando é possível verificar as anomalias importantes tais como anencefalia, gêmeos coligados, extrofia cardíaca, enfim, anomalias graves. Neste exame, também é avaliado a translucência nucal, osso nasal e doppler do ducto venosos – que permitem avaliar o risco para doenças cromossômicas, tais como a síndrome de Down”, explica o profissional Sang Cha. “No segundo trimestre: entre 20 e 24 semanas. Esse é o exame mais completo, quando toda a anatomia pode ser avaliada. Cerca de 90% das malformações podem ser diagnosticadas nesta fase. A importância de estabelecer o diagnóstico precoce de anomalias fetais é a possibilidade de permitir tratamento ainda na vida intrauterina ou preparar o casal para recebimento de bebês com anomalia”, acrescenta.

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O profissional explica que o exame é feito por meio de ultrassonografia, “sendo que, para que o exame seja o mais preciso possível, é preciso a associação de um bom equipamento de ultrassonografia a um profissional treinado”, destaca Sang Choon Cha. E o exame dura cerca de 45 minutos.

Custo do ultrassom morfológico

De acordo com Sang Cha, atualmente a maioria dos convênios cobre o custo desse ultrassom. Em clínicas privadas o exame custa cerca de 600 reais.

Como se preparar para o exame?

Não há necessidade de nenhum preparo especial. “Só é interessante que a grávida seja acompanhada pelo esposo ou por familiares, pois, diante de alguma alteração no exame, faz muita diferença o apoio de familiares”, diz o médico.

“Mas, de forma geral, na imensa maioria das vezes, o exame é muito importante para a integração da família, com a visualização do bebê que está para chegar”, finaliza Sang Cha.

Seguir à risca todas as recomendações do seu médico e ficar atenta aos exames necessários são medidas fundamentais para garantir que a gravidez e o nascimento do bebê ocorram da melhor maneira possível. Além disso, todos os exames e cuidados extras ficam como lembranças de uma fase muito especial na vida da mulher e de toda a família!

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