terça-feira, 1 de outubro de 2019

Alberto Salazar, ex-técnico de Mo Farah, é banido por incitação ao doping

Alberto Salazar, ex-técnico de corrida de Mo Farah, foi banido do esporte por quatro anos após ser considerado culpado de violações de doping. Salazar dirige o Projeto Nike Oregon, um centro de treinamentos da marca para corredores amricanos.

Alberto Salazar, ex-técnico de Mo Farah, é banido por incitação ao doping - Foto: Wikipédia

Foto: Wikipédia

A decisão segue uma investigação de quatro anos da Agência Antidopagem dos EUA (USADA) e uma batalha judicial de dois anos a portas fechadas. O técnico americano de 61 anos disse ter ficado chocado com o resultado, que o Projeto Oregon nunca permitiu e nunca permitirá o doping e que irá aguardar com expectativa esse processo injusto e prolongado, que chegará à conclusão que sei qual é a verdadeira.

Jeffrey Brown, um endocrinologista a serviço da Nike que tratou muitos atletas de Alberto, também foi suspenso por 4 anos pela organização.

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Mo Farah, tricampeão olímpico, deixou de treinar com o americano em 2017, ano em que Salazar foi acusado de doping pela primeira vez. O atleta de 36 anos disse estar aliviado que a USADA, depois de quatro anos, tenha concluído sua investigação sobre Alberto Salazar. O britânico também afirmou não ter tolerância para quem quebra as regras ou ultrapassa os limites e que está feliz por finalmente ser dada uma conclusão ao caso. O corredor nunca foi reprovado em um teste antidoping e sempre nego violar qualquer regra.

A investigação

Um painel independente descobriu que Salazar e Brown possuíam e traficavam uma substância proibida para melhorar o desempenho de seus atletas. Além disso, o painel divulgou que administravam ou tentavam administrar um método proibido para vários atletas de atletismo.

Também foi divulgado pelo painel que ambos se comunicavam repetidamente sobre o desempenho e condições médicas de atletas do Nike Oregon Project (NOP). Nessas conversas, eram trocadas informações sem nenhuma autorização formal aparente pelos atletas no NOP ou distinção entre o papel do Dr. Brown como médico do atleta e consultor NOP.

Segundo o mesmo, Salazar e Brown compartilharam informações com o objetivo de melhorar o desempenho dos atletas por meio de intervenção médica, com interesse particular em aumentar os níveis de testosterona. O chefe executivo da USADA, Travis Tygart, elogiou os atletas por terem a coragem de falar e, finalmente, expor a verdade. Um comunicado da organização também acrescentou que enquanto atuavam em conexão com o Projeto Nike Oregon, Salazar e Brown demonstraram que vencer era mais importante que a saúde e o bem-estar dos atletas que eles juravam proteger.

Alberto Salazar e Mo Farah

As acusações de doping contra Salazar e o Dr. Brown foram feitas por USADA em junho de 2017. A dupla contestou as acusações, apoiadas por advogados pagos pela Nike, e o caso foi para a American Arbitration Association.

A UK Athletics (UKA), órgão regulador do esporte no Reino Unido, conduziu sua própria análise das reivindicações e deu ao corredor a permissão para continuar trabalhando com Salazar. Farah anunciou que deixaria Salazar em outubro de 2017, no mesmo ano em que foi denunciado, mas negou que sua decisão tenha a ver com as alegações de doping. Durante seu período no NOP, o corredor de 5 e 10 K conquistou seis títulos mundiais e quatro medalhas de ouro olímpicas.

Salazar treina vários atletas no Campeonato Mundial de Atletismo em Doha, mas teve seu credenciamento revogado. O treinador disse que durante essa investigação de seis anos, ele e seus atletas sofreram um tratamento injusto, antiético e altamente prejudicial por parte da USADA. Alberto ainda comentou que sempre garantiu que o código da Agência Mundial Antidopagem fosse rigorosamente seguido.

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Em entrevista à BBC, ele disse que a declaração de Travis Tygart é enganosa e contrária às descobertas dos juízes, que até escreveram sobre o cuidado que tomou ao cumprir com as leis antidoping.

A Nike, em nota, afirmou que os casos envolvendo o uso de substâncias ilícitas não têm nenhuma relação com o Projeto Oregon. A marca ainda apoiou a Alberto Salazar a recorrer à decisão da USADA.

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