terça-feira, 18 de junho de 2019

Iliopsoas: conheça o músculo que afeta seu desempenho na corrida

Foto: Adobe Stock

Eu conheço muitos corredores que treinam há anos e ainda fogem dos exercícios de fortalecimento muscular, mesmo sabendo de seus benefícios para uma corrida mais equilibrada. Por isso, vou apresentar um músculo do nosso corpo, que pode ser o segredo para melhorar ainda mais seu desempenho, o iliopsoas.

O nome é complexo assim como a sua função. O iliopsoas liga a coluna vertebral às pernas, sendo responsável por nos manter em pé, levantar as pernas para andar ou correr – a amplitude das passadas -, mobilidade articular, funcionamento dos órgãos internos do abdômen e até mesmo do bem-estar emocional.

O iliopsoas, quando encurtado e enrijecido, além de gerar dor, afeta todo o equilíbrio estrutural, o que para a corrida é determinante. Durante o ciclo da corrida, o músculo iliopsoas tem funções importantes como desacelerar a extensão do quadril e diminuir a rotação interna do fêmur na fase de apoio, atenuando o impacto na fase de balanço. Em contrapartida, aumenta a tensão nas laterais das panturrilhas, que reduzem a dorsiflexão do tornozelo. Portanto, se o iliopsoas estiver tensionado o quadril não terá uma extensão adequada, encurtando também as panturrilhas. Além disso, ocorre a redução da rotação do tronco para o lado oposto, limitando o movimento natural da corrida.

Resumindo, esse músculo, se negligenciado, afeta todas as fases da corrida, diminuindo diretamente o desempenho. Sem falar nas lesões, que se apresentam de diversas maneiras, do quadril ao calcanhar.

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Outro aspecto interessante do iliopsoas é sua composição feita por tecidos biointeligentes. É como se fosse um porta-voz de nossas emoções e um mensageiro primário do nosso sistema nervoso central. É por isso que, quando estamos ansiosos antes da largada de uma prova, sentimos aquele famoso “frio na barriga”. É ele, o iliopsoas, que treme ao compasso da nossa ansiedade. Ele também está ligado aos movimentos respiratórios – ele tem uma ponta agarrada ao diafragma -, então, quanto nos encontramos em situação de estresse, ventilando de forma acelerada, nossas emoções são afetadas.

Tente lembrar. Você já perdeu a mobilidade numa situação estressante, em que a vontade era sair ou necessariamente fugir? Pois é, o iliopsoas pouco treinado enrijece, paralisa, mesmo a adrenalina implorando para correr ou entrar em ação.

Uma boa dica é a prática do Pilates, pois há muitos exercícios isométricos e outros que ajudam a fortalecer não só o iliopsoas bem como toda a região do core, abdominais e dorsais. Eles melhoraram sua performance, principalmente em provas de longa distância, pois formam o centro de gravidade responsável por manter a estabilidade da coluna e do quadril ao andar, correr e respirar. Ter um core forte significa ter mais equilíbrio e um controle maior sobre o próprio corpo. Não podemos esquecer que é o core protege a coluna vertebral, absorvendo o impacto da corrida mantendo a postura correta mesmo quando o cansaço chegar. A conclusão que podemos tirar é lógica. Correr por correr pode não ser a melhor sugestão. Precisamos exercícios complementares como abdominais e dorsais para principalmente economizar energia e melhorar a técnica e ficar bem distante das lesões.

Depois de toda esta explicação, será que consegui convencer sobre importância de ter o iliopsoas fortalecido e alongado?

Não deixe de realizar exercícios de fortalecimento e alongamento. Além do Pilates e de exercícios de fortalecimento com aparelhos, há outros tão bons quanto, basta conversar com seu treinador. Pense nisso e bons treinos

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