Treinar regularmente e conseguir manter uma rotina na corrida são fundamentais para conseguir alcançar resultados expressivos e metas traçadas pelos corredores. No entanto, algumas adversidades do dia a dia, como uma rotina puxada e condições climáticas podem acabar atrapalhando os treinos. Por conta desses motivos, nem sempre o treino é feito da maneira idealizada, porém, o importante é não cancelar o compromisso com a corrida, seja ela no asfalto ou esteira.
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Embora alguns corredores tenham algumas dúvidas e preconceitos com treinos em esteira, ela pode ajudar muito na preparação. A médica do esporte, Dra. Karina Hatano, explica algumas diferenças no treinamento na rua ou na esteira e esclarece alguns mitos sobre eles.
Segundo a especialista, o ideal seria treinar no asfalto, e a maior diferença entre os treinos é a questão de simular realmente como seria a corrida no dia da prova. “Quando o treinamento é feito em esteira, não vai simular e não é possível fazer um panorama adequado da corrida, principalmente para as provas, pelo fato de serem realizadas nas ruas”, afirma.
Asfalto ou esteira: as principais diferenças
Movimentação
A esteira é um aparelho fixo, e seu rolar fazer com que o nosso corpo seja projetado pra frente. Ou seja, sempre está jogando nosso corpo pra frente, o que pode causar um certo desconforto para quem está habituado a correr na rua, onde faz seu próprio ritmo e tem a própria biomecânica. Ou seja, a mecânica de corrida na esteira e no asfalto pode mudar, principalmente para aquelas pessoas que se sentem confortáveis ao correr na rua.
Controle dos fatores
Correr na esteira tem suas vantagens. Devido ao fato de estar em um lugar fechado, pode oferecer maior precisão na realização de alguns testes, como a coleta de lactato, ou de alguns exames. Processos que são quase impossíveis ao correr no asfalto.
Ao fazer um treino intervalado (HIIT), controlado por um preparador físico, médico do esporte ou fisiologista, alternando entre 6 e 9km/h, o profissional em questão consegue controlar e obter resultados mais precisos com mais facilidade. Na rua, o controle se dá pela distância, tempo, frequência cardíaca ou pace.
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Os riscos de lesão
Em ambos os casos, exitem riscos de lesão. Isso depende de alguns fatores, como a distância percorrida. Em distâncias menores, a chance do corredor se lesionar é menor, tanto na rua, como na esteira. No caso da corrida no asfalto, as lesões podem ocorrer devido a fatores externos, como buracos e até mesmo o trânsito. Já na esteira, devido ao fato de impulsionar o corpo para frente, as lesões são mais relacionadas ao desgaste muscular e à biomecânica na corrida.
Como forma de evitar lesões, o ideal seria intercalar os treinos no asfalto ou esteira. Condições climáticas, piso molhado e alguns outros fatores podem fazer com que o corredor opte pelo ambiente fechado, onde irá se sentir mais confortável. Além disso, na volta de lesões, os treinos em esteiras podem ser mais indicados. “Voltar com a esteira oferece um ambiente controlado, em que é possível inclinar a rampa, controlar a velocidade, ou seja, oferece a vantagem de fazer o aumento progressivo da carga de treinos, até voltar ao ritmo normal”, afirma Karina.
Os tênis mais adequados
Com relação ao calçado, o corredor deve procurar o que melhor se adapta à sua pisada (neutra, supinada ou pronada), antes de escolher o tênis ideal. Por conta do impacto do asfalto com o pé ser maior do que a esteira, modelos com maior amortecimento (drop) podem ser mais confortáveis e minimizar as lesões na hora dos treinos.
*Fonte: Dra. Karina Hatano, médica do esporte do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte.
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