Parte fundamental na mecânica da corrida, o tornozelo é o responsável por dar sustentação e impulsionar os corredores durante os treinos e provas. Por isso, deve ser tratado com a devida importância, com os cuidados necessários para evitar lesões e o desgaste no tornozelo.
A ortopedista Ana Paula Simões explica que as lesões podem ser de dois tipos: lesões nos ligamentos (ligamentares) e lesões nos ossos (ósseas). “Geralmente as lesões ligamentares são mais recorrentes e comuns por serem lesões de tecidos. Tecidos são considerados partes moles e são mais friáveis, ou seja, mais passíveis de lesionar. Por exemplo, se você está correndo e torce o pé, é mais fácil romper o ligamento do que quebrar um osso”, comenta.
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Embora seja menos recorrente, a fratura pode acontecer de outra maneira, sendo chamada de fratura por estresse. São denominadas assim as fraturas que acontecem apenas no trabeculado ósseo, a parte interna do osso — que lembra um chocolate aerado, com bolinhas de ar no seu interior. A fratura por estresse ocorre quando o osso é submetido a cargas que excedem seu limite. Ou seja, pessoas que correm muito ou que praticam atividade física com impacto sem ter preparo físico muscular adequado ou pessoas que possuem erro de biomecânica estão sujeitas a esse problema.
O que significa e quais as causas do desgaste no tornozelo?
O desgaste no tornozelo consiste em uma lesão cartilaginosa, aquela parte de cima do osso, entre as articulações. “O tornozelo é uma articulação que consiste na tíbia, fíbula e o talos, então, o que acontece quando existe um desgaste na cartilagem desta região, nós chamamos de artrose. As artroses são desgastes nas dobradiças, nas juntas, então, quando acontece no tornozelo uma artrose, é um desgaste nessa junta”, completa Ana.
Existem pessoas com lesões ligamentares crônicas que desenvolvem a artrose por instabilidade. Ou seja, a pessoa não tem firmeza no tornozelo e gera uma sobrecarga, causando um desgaste na cartilagem. O erro na biomecânica (erro da pisada e de postura), sobrepeso e o excesso de carga na articulação também podem acarretar na lesão.
Como tratar a lesão?
“Como em qualquer articulação, não tem cura, nós trabalhamos com métodos de alívio, como o fortalecimento muscular, a própria fisioterapia e palmilhas ou tênis que corrigem a biomecânica”, comenta a ortopedista.
Além dos métodos citados acima, diminuir o treino em asfalto diminui o impacto sofrido pela articulação e existem no mercado suplementos orais de colágeno, que ajudam na prevenção e evolução desse desgaste da cartilagem. “Esse medicamento funciona como um protetor de cartilagem, mas não regenera nada, não existe na medicina ainda nada que seja regenerativo”.
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Assim como problemas no joelho e no quadril, o desgaste é um processo eminente do ser humano, que só piora de acordo com o tempo e o impacto sofrido. Existem também os protetores que são injetados diretamente na articulação, que lubrificam e protegem a mesma. Estes protetores fazem com que a cartilagem pare de estalar, a chamada crepitação, segundo Ana.
Em casos mais extremos, a artroscopia (uma limpeza feita dentro do tornozelo), a prótese colocada na articulação ou a artrodese surgem como opções. “Nela, você gruda a articulação do tornozelo e passa a funcionar como um bloco único” explica.
*Fonte: Ana Paula Simões, professora instrutora e mestre em ortopedia esportiva pela Santa Casa de SP.
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