Quem é mulher sabe: não é fácil conquistar destaque na profissão que buscamos e isso não muda no campo do esporte. Atletas inspiradoras das mais diversas modalidades são menos reconhecidas e muitas vezes não levam o crédito que merecem.
Mesmo assim, os números não mentem, elas são incríveis e batalhadoras.
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10 atletas inspiradoras de diversas modalidades
1. Serena Williams – tênis
A primeira das atletas inspiradoras é também a mais nova de cinco irmãs que começou a ser treinada pelos pais aos 9 anos e permanece assim até os dias de hoje. É considerada uma das mais vitoriosas tenistas da história, foi listada como número 1 do ranking mais de seis vezes, conquistando 23 troféus no “Grand Slam” e quatro outros em Olimpíadas.
Seu primeiro jogo como profissional foi em 1995, sendo que até 1998 não teve conquistas expressivas, mas foi nessa época que derrotou duas tenistas top 10 em um mesmo torneio, enquanto ela era a número 304 no ranking.
É a jogadora de tênis que mais faturou na história, teve ganhos de US$ 18,1 milhões de dólares julho entre 2017 e junho de 2018 e encabeça a lista de atletas femininas que mais lucraram no esporte .
2. Fernanda Keller – triathlon
Conhecida por acumular 25 participações no Mundial de Ironman no Havaí, Fernanda foi a única brasileira que terminou em terceiro lugar a prova por seis vezes. E é a segunda pessoa com mais participações em Kona, perdendo apenas para o americano Ken Glah, que completou 30 vezes.
A triatleta possui o recorde sul-americano da prova, estabelecido em 1999: 9h24min30. Chamada de “Miss Consistency”, Fernanda é um dos maiores ícones do esporte e reconhecida internacionalmente, ela foi condecorada Mulher Mais Influente do Esporte pelo Prêmio Forbes.
Hoje, Fernanda trabalha com o instituto que leva seu nome. O local desenvolve projetos sociais em Niterói desde 1998. Mais de 5500 crianças e adolescentes de baixa renda são beneficiados pelos projetos que incentivam práticas esportivas, entre eles, está o projeto do triathlon, que atende uma média 500 crianças, com idades entre 7 e 18 anos e incentiva a prática da modalidade.
3. Marta – futebol
Eleita 5 vezes a melhor jogadora do mundo, um recorde entre mulheres e homens, Marta nasceu em Dois Riachos, interior de Alagoas e aos 14 anos foi para o Rio de Janeiro, ao ser descoberta pelo Vasco. Em 2015 se tornou a maior artilheira da história das copas do mundo de futebol feminino, com 15 gols e também se tornou a maior artilheira da história da seleção brasileira (feminina e masculina) com 101 gols. É considerada a maior jogadora de todos os tempos.
Embaixadora do PNUD (Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento), a jogadora tem a missão de participar de projetos que visem o desenvolvimento humano, principalmente em comunidades carentes, promovendo o papel da mulher na sociedade.
4. Maria Lenk – nadadora
Filha de imigrantes alemães, começou a nadar por ideia do pai, Paulo Lenk, como fortalecimento pulmonar após uma pneumonia dupla que teve aos 10 anos de idade.
Pioneira na natação feminina no Brasil e única mulher do país a entrar para o Swimming Hall of Fame, em Fort Lauderdale, na Flórida. Maria Lenk também foi a primeira brasileira a competir em Olimpíadas, em 1932 – e a estabelecer recordes mundiais.
Foi a única mulher de uma equipe de nadadores sul-americanos que excursionou pelos EUA. Durante sua estadia no país, ela quebrou 12 recordes norte-americanos e também concluiu o curso de Educação Física na Universidade de Springfield.
Em agosto de 2000, Maria Lenk disputou, na Alemanha, o campeonato mundial de natação, em uma categoria especial para atletas entre 85 e 90 anos. Ela voltou da Alemanha com nada mais nada menos que 5 medalhas de ouro. Em 2007, Maria Lenk faleceu, vítima de uma parada cardiorrespiratória, após se exercitar pela manhã, no Flamengo, como fez por toda sua vida.
5. Rafaela Silva – judô
A campeã olímpica começou a praticar judô aos 5 anos, na Cidade Deus. Ela sofreu muito preconceito desde o início, onde ouviu que não seria capaz de completar os estudos, já que o judô tiraria seu tempo. Hoje ela está finalizando o curso de Educação Física.
Mas o preconceito não parou por aí. Já atleta olímpica foi vítima novamente de racismo, em Londres 2012, mesmo assim sagrou-se a primeira campeã brasileira mundial de Judô em 2013 e três anos depois, em 2016, conquistou o ouro olímpico na categoria até 57kgs.
Além disso, ela tem uma irmã também judoca, Raquel Silva, que integra a Seleção Brasileira.
Há duas semanas atrás Rafaela levou o ouro no GP de Budapeste
6. Maurren Maggi – atletismo
Ouro olímpico e quatro vezes ouro pan-americano no salto em distância, também tem uma medalha de prata em pan-americano na prova de 100m com barreira.
Ela causou comoção mundial ao testar positivo no antidoping, chegando a ficar suspensa por dois anos, mas foi absolvida depois de testes comprovarem que a substância proibida foi de fato causada por um creme cicatrizante.
7. Ronda Rousey – MMA
Considerada uma das maiores da história do Judô, passou a ter também inúmeras vitórias no UFC e sendo assim projetada para reconhecimento mundial. É famosa por finalizar lutas em tempo recorde, apenas 3 lutas dela duraram mais do que um minuto.
Também foi responsável pela primeira medalha olímpica por uma atleta de Judô feminino, também sendo medalhista em jogos Pan-Americanos e mundiais.
A atleta conta que sua motivação veio do pai, que quando ela tinha apenas 8 anos, se suicidou por sentir dores crônicas, resultado de um acidente. Na mente de Ronda ficaram gravadas as palavras do pai, que disse que ela poderia ser a atleta que desejasse, inclusive uma ‘super heroína’.
8. Terezinha Guilhermina – atletismo paralímpico
A paratleta nasceu com retinose pigmentar, uma doença congênita que provoca perda gradual da visão. Ela compete no atletismo e no salto em distância, sendo a segunda melhor do mundo na categoria. A mineira conquistou seu primeiro ouro nos 200m em Pequim 2008. Em Londres-2012, Terezinha brilhou no Estádio Olímpico ao vencer as provas dos 100m e dos 200m rasos, colocando-a entre as maiores vencedoras do país no esporte paralímpico.
9. Fabiana Murer – salto com vara
Incentivada desde criança a praticar esportes, Fabiana tentou seguir com a ginástica artística, mas cresceu demais para o esporte. Assim, entrou para o atletismo e conheceu o salto com vara. Demorou dois anos para superar a barreira dos 4m, mas à partir disso começou a experimentar a evolução que a levaria para seu primeiro mundial.
Foi duas vezes campeã mundial do salto com vara e chegou ao primeiro lugar do ranking da IAAF em 2014. Medalha de ouro no Mundial Indoor de Doha, no Catar, com 4,80 m; o recorde sul-americano e o incrível salto de 4,85 m, feito no Ibero-Americano de San Fernando; e a conquista da Diamond League.
Em 2016, aos 35 anos Fabiana Murer se aposentou após os Jogos Olímpicos do Rio.
10. Hortência – basquete
Fechando a lista de atletas inspiradoras, considerada uma das maiores atletas do basquete mundial, a brasileira Hortência de Fátima Marcari é a maior pontuadora da história da seleção brasileira, marcando 3160 pontos em 127 partidas, sendo 5 mundiais e duas Olimpíadas.
Hortência está no seleto grupo de jogadores a pertencer ao Basketball Hall of Fame, junto com outros dois brasileiros: Oscar Schmidt e Ubiratan Maciel.
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